Certificações para os edifícios….

Para auxiliar e garantir a implementação destas medidas sustentáveis que acionam um conjunto de práticas, responsabilidades e integridade que devem ser cumpridas a fim de minimizar o impacto ambiental nos projetos e atividades. 

Como demonstração de compromisso, o cumprimento das metas ESG (Environmental, Social and Governance) por parte das empresas, a par do desenvolvimento sustentável e o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU- Organização das Nações Unidas, leva as empresas a optar pelas certificações sustentáveis na (Re)Construção dos seus edifícios, na otimização da operação nas propriedades, ou dos seus portfolios, clarificando também desta forma, a todos os stakeholders, de que são fieis ao conceito e não fazem greenwashing (estratégia criada com o objetivo de transmitir uma falsa imagem de sustentabilidade para o mercado).

Atualmente investir num bem sustentável faz parte da estratégia de muitas empresas, de diversas dimensões, seja para o desenvolvimento de um novo edifício, seja para otimizar a operação e manutenção de um edifício existente.

Este compromisso leva-os a obter certificações de construção sustentável, emitidas por entidades terceiras e independentes que avaliam as operações e o modo como afetam, funcionários, comunidade, meio ambiente e clientes, concedendo-lhes um selo de aprovação se gerarem impacto social e ambiental. 

Estes selos verdes garantem-lhes uma maior produtividade, oportunidades de reconhecimento por parte de todos os stakeholders, maior valorização na locação ou na revenda, custos operacionais mais baixos, assim como uma maior satisfação, conforto e saúde dos inquilinos. 

São projetos inteligentes, visam a eficiência energética da edificação, realizados com uma escolha racional dos materiais e empreiteiros. Visam igualmente o consumo sustentável de água, assim como a gestão eficaz dos resíduos durante a fase de execução da obra, de forma a causar um menor impacto.

Por exemplo, entre as inúmeras bandeiras na BIM (Buildings Information Modeling, método multidimensional que revoluciona a indústria da construção como uma plataforma para projeto integrado central, modelagem, planeamento de ativos, execução e cooperação), destacamos a Certificação BREEM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) do Reino Unido, a Certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) dos Estados Unidos da América e a Certificação WELL (WELL Building Standard) dos Estados Unidos da América. Estas três, são alguns dos referenciais internacionalmente mais reconhecidos e mais completos, representam a fusão entre o ambiente físico e o utilizador, otimizando recursos de forma a não penalizar o ambiente. Utilizando métodos de avaliação idênticos.

O certificado LEED premeia a utilização de estratégias sustentáveis em todos os processos de construção do edifício, desde a adequação do terreno onde se encontra, até à eficiência da utilização da água e da energia e à seleção dos materiais sustentáveis, proporcionando qualidade ambiental interior.

O certificado BREEAM certifica um projeto onde é necessário atingir uma pontuação mínima relacionada com o cumprimento de requisitos de sustentabilidade: gestão, saúde e bem-estar, energia, transporte, água, materiais, resíduos, ecologia e uso do solo, poluição e inovação.

O certificado WELL tem o potencial para agregar um valor real à saúde, ao bem-estar e à felicidade das pessoas que ocupam o edifício. Também permite uma maior poupança e produtividade, além de um retorno significativo do investimento para o inquilino e o proprietário do edifício.

Dito isto, estas também se complementam, pois, enquanto a certificação LEED estuda os métodos de redução e a forma de eliminar os impactos negativos sociais, ambientais e económicos na construção e operação das edificações, o WELL visa a saúde, qualidade de vida e bem-estar dos ocupantes desses edifícios.

Todos eles, têm níveis distintos de reconhecimento com base nos valores atingidos por cada edificação.

Levar uma vida longa e saudável não é um privilégio - é um direito de todos.

Segundo dados estatísticos medidos, estes mesmos benefícios traduzem-se em valores como: 

  • 7,5% de aumento dos valores dos imóveis; 
  • 10% de aumento no valor das rendas; 
  • 3% de aumento nas taxas de ocupação;
  • 13% de redução de gastos de funcionamento e manutenção através de: 
    • o Redução dos consumos de energia (20 a 50%); 
    • o Redução dos consumos de água (40%);
    • o Redução dos custos de gestão de resíduos (até 75% de valorização); 
  • 35% do absentismo no trabalho;
  • 2-10% de melhoria do rendimento dos trabalhadores.