TICs & Sustentabilidade | Leedkey

O setor das telecomunicações está no centro da disrupção da energia tecnológica e convergência digital. Esta experiência trouxe muitos desafios, mas também oportunidades. O desafio atual para reter o cliente, a pressão sobre os preços, a inovação do seu serviço e a sua capacidade para manter estruturas e capacidade de rede, para além das pressões regulatórias obrigam a um ajustamento de forma a manterem um negócio voltado para o futuro, que produza impacto positivo. A pandemia também veio acentuar a transformação digital que já vinha a acontecer! O trabalho remoto obrigou a introdução e utilização de ferramentas digitais que embora existentes, eram subaproveitadas.

De acordo com um estudo feito pela consultora BCG- Boston Consulting Group , cerca de 80% dos líderes empresariais em todo o mundo pretendem acelerar a sua transformação digital, mas mesmo com a crise económica global, 65% destes espera aumentar o valor do investimento nesta transformação. Mesmo assim, há ainda um longo caminho a percorrer para se conseguir a tão desejada transformação digital.

De realçar que a tecnologia suporta todas as funções nas organizações modernas, desde o desenvolvimento do produto até à realização da venda. Estão a surgir mais intervenientes neste setor que procuram introduzir tecnologia e modelos de negócio inovadores, enquanto os players existentes utilizam plataformas menos atuais que requerem maior transformação tecnológica. A necessidade de obter mais, a partir de menos, vem alavancando a inovação em hardware, software e em network design, sendo esta uma tendência que prevalecerá no futuro. São necessários novos investimentos para criar ou melhorar soluções existentes, sejam estas de aplicação específica, infraestruturais ou envolvendo a integração de tecnologias.

Chegou a era de intercomunicação. Com a 5G projetada para a IoT, temos um número considerável de equipamentos interconectados, casas, carros, semáforos, órgãos públicos, instituições de saúde, Cidades interconectadas, municípios conectados, países conectados, o mundo conectado. A 5G coloca-nos o mundo na mão.

Atualmente existem todo um conjunto de novos recursos que nos permitem recolher e analisar dados, como expressões faciais ou tom de voz, chamados de “dados emocionais”, que possibilitam às empresas conectarem-se com clientes a um nível mais profundo e pessoal. Atualmente, os sistemas e dispositivos de Inteligência Artificial já conseguem reconhecer, interpretar, processar e simular emoções humanas, de forma que uma análise facial ou de voz possa ser utilizada para interpretar sentimentos e usá-los em ações de marketing, pesquisas de mercado ou até sondagens. Atualmente, existem empresas que oferecem software de análise de sentimentos plug-and-play e estima-se que este mercado ‘’afetivo’’ cresça bastante. Mas existe uma grande preocupação dos consumidores nesta era digital, a privacidade dos dados, o que faz com que as empresas tenham uma alta responsabilidade corporativa, no tratamento dos mesmos, evitando ser penalizadas pela perca de confiança dos seus clientes. As empresas devem ser transparentes e reunir apenas os dados necessários para gerar uma maior confiança dos seus clientes.

As chaves mestras para uma transformação digital eficaz nas organizações são:

• Elaboração de uma estratégia integrada clara;
• Comprimento com uma liderança do Topo ao Meio;
• As melhores pessoas nos lugares certos;
• Mentalidade de governança ágil;
• Monitorização e medição do seu processo de transformação;
• Criação de uma plataforma de tecnologia e dados liderada por negócios;

Telecomunicações & ESG

O setor das telecomunicações foi dos primeiros a reconhecer e comprometer-se com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da agenda 2030 das Nações Unidas. Este setor pode obviamente contribuir também para a redução das emissões de GEE, por parte de outros setores de atividade e da população, através do aumento da eficiência energética nas cidades, smart cities, na gestão de frotas, trabalho remoto, etc. Embora o 5G induza um aumento de tráfego de dados, este é 90% mais eficiente na energia necessária para a obtenção do mesmo, sendo também este setor um facilitador na transição para uma redução de GEE, contribuição essa, 10 vezes superior do que as suas próprias emissões.